Fomos à Império das Pizzas, no primeiro sábado de março, comemorar o aniversário da dinda Mô. Bom, ela ficou mais velhinha na terça, mas festa no meio da semana não tem graça. O serviço era por rodízio e transcorreu normalmente. As pizzas estavam maravilhosas, como de costume. Então passou uma de tomate seco. A mamãe Babi perguntou se tinha com rúcula. A atendente então olhou para ela e para a Bruna, e perguntou: esta é a menina da rúcula?
Essa história surgiu numa de nossas idas anteriores à pizzaria. Lá pelas tantas, a mamãe Babi se serviu de uma pizza com tomate seco, desta vez com a bendita hortaliça. Como os dentinhos da Bruna já estavam incomodando naquela época, a mamãe deixou que ela provasse o talinho. Qual não foi a nossa surpresa quando percebemos que a nenê adorou aquele “verdinho”. Ela exigia mais e mais, e a mamãe dava, entre sorridente e orgulhosa. Nossa filha se agradou tanto daquela “iguaria” que pedimos um pratinho de rúcula e deixamos que ela se deliciasse.
Voltamos para casa rindo daquela cena, mas nem desconfiávamos que nossa filha ficaria “famosa” por aquilo. Quando a atendente a reconheceu, ficamos felizes. Nossa esperança é que, de fato, esta menina não passe “em branco” por esta vida. Com uma mãe historiadora e um pai “metido” a educador popular, o mínimo que desejamos é que ela seja diferenciada. Claro, não exigiremos isso, pois não é justo que ela viva os sonhos de sua mãe e de seu pai. Mas não dá pra disfarçar a alegria de ter nossa filha reconhecida, ainda que seja (por enquanto) como a “menina da rúcula”. E mesmo que amanhã ou depois não se destaque na multidão, a Bruna terá sido diferente de todas as crianças porque, pelo menos para nós, ela é especial.